terça-feira, 19 de abril de 2011

Orientação por mapas

dados e realidades inerentes a um determinado assunto, em um mapa podem ser desenvolvida uma leitura ou a interpretação dos dados contidos no mesmo, extraindo localização, escala, fonte, legenda, o que possibilita a estruturação de um conceito abrangente sobre um tema. O mapa é um importante instrumento pedagógico para a Geografia, através dele é possível desenvolver uma série de estudos. Os mapas se diferem de acordo com o tema que se pretende abordar, ou seja, eles podem ser temáticos.

Vários tipos de mapas, como dados econômicos, históricos, naturais, populacionais, entre outros, certamente a interpretação dos dados será de difícil compreensão. Por isso temos mapas para diversas ocasiões, os principais são: mapas físicos, mapas econômicos e mapas históricos.

um mapa físico expressa características naturais (hidrografia, relevo, clima e vegetação) de uma determinada área. Um mapa econômico informa dados acerca do processo produtivo, mostrando, por exemplo, onde há concentração industrial, localização de jazidas minerais, produção agropecuária, entre outras. Já os mapas históricos têm a incumbência de exibir informações que aconteceram no passado, como por exemplo, o Tratado de Tordesilhas.

Pontos cardeais, colaterais e subcolaterais

A necessidade de localizar-se e orientar-se no espaço geográfico são de grande relevância para o homem e suas atividades em diferentes períodos da humanidade. Todos os meios de orientação, desde a utilização de astros e estrelas até o GPS (Sistema de Posicionamento Global), contribuíram com as navegações em busca de novas terras, com as rotas comerciais, guerras e muitas outras aplicações.

Existem diversas formas de orientação, uma delas é a dos pontos cardeais. Pontos cardeais correspondem aos pontos básicos para determinar as direções, são concebidos a partir da posição na qual o sol se encontra durante o dia. Os quatro pontos são: Norte (sigla N), denominado também de setentrional ou boreal; Sul (S), chamado igualmente de meridional ou austral; Oeste (O ou W), conhecido também como ocidente; e Leste (E), intitulado de oriente.

Para estabelecer uma localização mais precisa são usados os pontos que se encontram no meio dos pontos cardeais. Esses pontos intermediários são denominados de pontos colaterais, Sudeste (entre sul e leste e sigla - SE), Nordeste (entre norte e leste - NE), Noroeste (entre norte e oeste - NO) e Sudoeste (entre sul e oeste - SO).

Existem ainda maneiras mais precisas de orientação, oriundas dos pontos cardeais e colaterais. Nesse caso, refere-se aos pontos subcolaterais que se encontram no intervalo de um ponto cardeal e um colateral, que totalizam oito pontos. São eles: norte-nordeste (sigla NNE), norte-noroeste (NNO), este - nordeste (ENE), este - sudeste (ESE), sul-sudeste (
SSE), sul-sudoeste (SSO), oeste-sudoeste (OSO) e oeste-noroeste (ONO).

Para inserir todos os pontos apresentados foi criada a rosa-dos-ventos, chamada também de rosa-dos-rumos e rosa-náutica.

Megalópole: São Paulo

A expansão da urbanização de um município faz com que esse se junte com outro vizinho, formando uma única malha urbana, ou seja, áreas continuadas constituídas de edificações residenciais, comerciais, industriais e públicos, esse é conhecido por conurbação, em outras palavras não existe limites rurais entre os núcleos envolvidos. Diversas cidades brasileiras possuem essa configuração, São Paulo é um exemplo, pois já difundiu com o município de Santo André entre outros.

Áreas de conurbação não são destituídas totalmente de zonas rurais, muitas vezes permanecem pequenas propriedades que produzem frutas, verduras que são comercializadas nas próprias cidades ao redor.

O intenso crescimento urbano promoveu o surgimento das metrópoles, essas correspondem a grandes áreas urbanas constituídas pela união entre duas ou mais cidades e é formada pelo fenômeno de conurbação, geralmente as metrópoles exercem grande influência nas outras cidades de menor expressão, nesse contexto podemos citar algumas que tem destaque em nível regional, nacional e internacional, como Nova York, Londres, Paris, Tóquio, Osaka, Cidade do México, São Paulo, na atualidade.

O crescimento acelerado das metrópoles pode proporcionar o surgimento das megalópoles, que corresponde à conurbação entre duas ou mais metrópoles, formando um imenso e aglomerado espaço urbano e populacional.
Na primeira metade do século XX, apenas as cidade de Londres, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos, detinham um contingente populacional superior a 10 milhões de pessoas. No século XXI, existem no planeta 16 cidades que atingem números iguais e superiores a 10 milhões, a perspectiva é de que em até 2025 existirão pelo menos 25 cidades com essas características.

Características ambientais – São Paulo e Rio de Janeiro

Rio de Janeiro:
Capital – Rio de Janeiro.
Extensão territorial – 43.780,157 km².
Quantidade de municípios – 92.
População – 15.993.583 habitantes.
Densidade demográfica – 365,3 hab/km².
Participação no PIB regional – 19,8%.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – 0,832 (4° posição nacional).


São Paulo:
Capital – São Paulo.
Extensão territorial – 248.196,960 km².
Quantidade de municípios – 645.
População – 41.252.160 habitantes.
Densidade demográfica – 166,2 hab/km².
Participação no PIB regional – 60,1%.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – 0,833 (3° posição nacional).



A poluição dos ambientes urbanos


A região sudeste é densamente povoada, abriga as sete maiores metrópoles brasileiras, são elas: São Paulo com uma população estimada de 17,8 milhões, Rio de Janeiro com 10,8 milhões, Belo Horizonte 4,8 milhões, Campinas 2,3 milhões, Vitória e Baixada Santista ambas com 1,4 milhões e em Minas, o Vale do Aço com 560 mil.

A imensa concentração de pessoas provocam poluição no solo, água e ar. A poluição do solo ocorre principalmente nos lixões, que além de poluir o solo atinge também o lençol freático, a água é poluída através de esgotos sem tratamento, resíduos de produtos químicos descartados pela indústria e o ar que sofre alterações provenientes da emissão de gases de veículos com combustíveis fósseis (carros, ônibus e caminhões) e emitidos também por atividades industriais. Os diversos tipos de poluição podem provocar doenças como a hepatite, leptospirose e doenças respiratórias, comuns nos períodos de baixa umidade, dentre outras.

Os grandes centros urbanos da região sudeste convivem com outros inconvenientes, é o caso das enchentes e deslizamentos de terra. As enchentes ocorrem geralmente na primavera e verão, ambos são períodos predominantemente chuvosos, às vezes devido à torrencialidade, um único dia de chuva vale mais que um inverno inteiro.
 Os principais agentes das enchentes são a impermeabilização do solo, por causa das construções (asfaltos, calçadas, edificações) e a falta de áreas verdes que permitem a absorção da água da chuva pelo solo. No caso dos deslizamentos as causas estão ligadas à falta de vegetação e a ocupação urbana em locais com relevos impróprios, como não existe cobertura vegetal para reter a água, o solo absorve até um nível de saturação é nesse momento que ocorre o deslizamento, pois a terra não consegue suportar e se rompe.

Movimento de rotação e translação da Terra

Translação é um dos movimentos que a Terra realiza, ocorre quando o nosso planeta executa um deslocamento em torno do Sol de forma elíptica.

Ao desenvolver o movimento de translação, o
planeta Terra locomove a uma velocidade de cerca de 108 mil km/h. O afastamento existente entre Terra e Sol oscila ao longo do ano.

De acordo com os cálculos elaborados por pesquisadores da área de astronomia, o tempo para concluir o movimento de translação é de 365 dias e 6 horas, que equivale a um ano. As horas restantes (6) são acumuladas ao longo de quatro anos para totalizar um dia (6 horas. 4 anos = 24 horas ou um dia), o ano no qual ocorre esse fato é conhecido como ano bissexto.

Esse movimento sofre variações durante seu trajeto que podem aproximar ou distanciar a Terra do Sol. O período no qual ocorre a aproximação é denominado de periélio, a distância entre os dois (Terra e Sol) é de aproximadamente 147. 500.000 km, em contrapartida, quando se encontram mais afastados a distância é de aproximadamente 152.500.000 km.

O movimento de translação e a inclinação de 66º33’ no eixo de rotação da Terra são responsáveis diretos pelo surgimento das estações do ano (inverno, verão, outono e
primavera).

Em determinados meses do ano um hemisfério recebe luz e calor com mais intensidade que o outro, dando origem a verões e invernos. Quando é verão no hemisfério sul é inverno no hemisfério norte e vice-versa. Já no outono e primavera, a quantidade de luz e calor se equivale.

Quando ocorre o recebimento de luz e calor de forma desigual nos hemisférios o fenômeno é chamado de solstício, esse período acontece nos dias 21 de junho e 21 de dezembro, e marcam a chegada do inverno e do verão.

No momento em que os dois hemisférios recebem luz e calor de maneira igual, o fenômeno é denominado de equinócio, que se inicia nos dias 21 de março e 23 de setembro, a principal característica desses dias é que as noites e os dias possuem o mesmo tempo de duração (12 horas), essas datas determinam o começo do outono e da primavera.

Mapa dos Fusos Horários

Os fusos horários, também denominados zonas horárias, foram estabelecidos através de uma reunião composta por representantes de 25 países em Washington, capital estadunidense, em 1884. Nessa ocasião foi realizada uma divisão do mundo em 24 fusos horários distintos.

A metodologia utilizada para essa divisão partiu do princípio de que são gastos, aproximadamente, 24 horas (23 horas, 56 minutos e 4 segundos) para que a Terra realize o movimento de rotação, ou seja, que gire em torno de seu próprio eixo, realizando um movimento de 360°. Portanto, em uma hora a Terra se desloca 15°, esse dado é obtido através da divisão da circunferência terrestre (360°) pelo tempo gasto para que seja realizado o movimento de rotação (24 h).

O fuso referencial para a determinação das horas é o Greenwich, cujo centro é 0°. Esse meridiano, também denominado inicial, atravessa a Grã-Bretanha, além de cortar o extremo oeste da Europa e da África. A hora determinada pelo fuso de Greenwich recebe o nome de GMT. A partir disso, são estabelecidos os outros limites de fusos horários.

A Terra realiza seu movimento de rotação girando de oeste para leste em torno do seu próprio eixo, por esse motivo os fusos a leste de Greenwich (marco inicial) têm as horas adiantadas (+); já os fusos situados a oeste do meridiano inicial têm as horas atrasadas (-).

Alguns países de grande extensão territorial no sentido leste-oeste apresentam mais de um fuso horário. A Rússia, por exemplo, possui 11 fusos horários distintos, consequência de sua grande área. O Brasil também apresenta mais de um fuso horário, pois o país apresenta extensão territorial 4.319,4 quilômetros no sentido leste-oeste, fato que proporciona a existência de quatro fusos horários distintos, no entanto, graças ao Decreto n° 11.662, publicado no Diário Oficial de 25 de abril de 2008, o país passou a adotar somente três.

A compreensão dos fusos horários é de extrema importância, principalmente para as pessoas que realizam viagens, contato com pessoas, relações comerciais com locais de fusos distintos dos seus, proporcionando, portanto, o conhecimento de horários em diferentes partes do globo.

O território Europeu

O continente europeu é um dos menores continentes, superando somente a Oceania, diante disso, ocupa uma área territorial de 10.349.915 quilômetros quadrados que corresponde a 7% das terras emersas do planeta, esse continente possui uma particularidade, está fisicamente ligado à Ásia, juntos são conhecidos como Eurásia.
No continente europeu existem muitos países, dentre esses o de maior território é a Rússia, com 40% da área total, o restante abriga 40 países. Apesar de muitos países europeus possuírem territórios relativamente restritos, tornaram-se verdadeiras potências políticas e econômicas mundiais, tais como Reino Unido, Alemanha, França e Itália, que fazem parte do G-8 (grupo dos países mais ricos do mundo).

O Relevo
O relevo europeu é constituído basicamente por duas unidades de relevo, que são as planícies e os maciços antigos, ocupando especialmente o centro e o norte do continente.
Dentre os dobramentos modernos e de relevo mais elevado os principais são: os Pireneus, ocupa uma área de 450 quilômetros entre os limites territoriais da França com a Espanha, em alguns pontos as altitudes podem atingir 3.000 metros. Os Alpes, ocorre em uma extensão de 1.100 quilômetros e atravessa o território da França, Itália, Alemanha, Suíça e Áustria; e o ponto mais elevado é o Monte Branco com 4.807 metros. Os Apeninos encontram-se na Itália e percorrem o território de norte a sul, em pelo menos 1.500 quilômetros, essa região abriga vulcões sendo que alguns são ativos. Cárpatos ocorre nas terras da Eslováquia, Polônia, Ucrânia e Romênia e o Cáucaso está situado entre o Mar Negro e o Mar Cáspio nos territórios da Rússia, Geórgia, Armênia e Azerbaijão.


O Clima
A Europa está localizada na zona temperada da Terra, dessa forma, apresenta climas de temperaturas mais amenas, dentre as particularidades de cada região podem ser identificados diversos tipos de climas, sendo que os principais são:

Clima de montanha: ocorre especialmente em áreas de relevo de grandes altitudes, como os Alpes e Pireneus, nessas áreas as chuvas são bem distribuídas durante todo o ano, essas se desenvolvem de forma mansa e rápida, os invernos são extensos e rigorosos, constituídos por nevadas e geadas.

Temperado oceânico: é formado por um elevado índice pluviométrico, especialmente na primavera e no inverno, e temperaturas amenas.

Temperado continental: ocorre no centro e leste da Europa, as chuvas desenvolvem com menos incidência que no temperado oceânico e amplitudes térmicas mais elevadas.
Subpolar: predomina em áreas próximas à região ártica, é constituída por duas estações bem definidas, sendo que o inverno é extremamente rigoroso e longo, com temperaturas que atingem -50ºC e verão com período bastante restrito, com temperaturas que variam entre 16ºC e 21°C.

A Vegetação
A composição vegetativa da Europa é variada em razão dos diferentes solos e climas, desse modo, podem ser identificados diversos tipos de
vegetações, dentre elas estão:

Tundra: essa cobertura vegetal é comum em regiões de clima subpolar, vegetação constituída por musgos, gramíneas, arbustos e liquens,
flora proveniente da junção de fungos e algas.

Floresta conífera: composição vegetativa constituída por pinheiros em áreas do sul.

Floresta temperada: é composta por pinheiros, além de árvores como a faia e o carvalho, esses vegetais têm característica de perder as folhas no inverno, conhecidos por floresta caducifólia.

Estepes: vegetação composta por herbáceas ou gramíneas provenientes dos solos férteis.

Vegetação mediterrânea: é composta por xerófilas, plantas típicas de regiões secas, tais como maquis e garrigues.

Imigração italiana

A imigração italiana no Brasil ficou marcada por ter vindo, sobretudo, do Norte da Itália. A grande corrente migratória veio do Vêneto, no Nordeste italiano, região outrora com grandes problemas nas zonas rurais. Foi notória, porém, a presença de pessoas originárias do Centro e Sul da Itália, sobretudo no início do século XX, nas plantações de café paulistas.
O Brasil foi o único país do mundo onde a grande parte dos imigrantes italianos veio das regiões setentrionais. No restante do mundo, predominou o imigrante meridional. Os vênetos eram pequenos proprietários de terra na Itália e viam na imigração para o Brasil a possibilidade de se tornarem grandes fazendeiros. Os imigrantes do Sul da Itália, por sua vez, eram braccianti, gente muito pobre que trabalhava em terras alheias.[3] Ademais, os vênetos são mais claros que a maioria dos italianos e, em contrapartida, os meridionais são mais morenos.


Regiões de origem:

Região de OrigemNúmero de ImigrantesRegião de OrigemNúmero de Imigrantes
Vêneto365.710Sicília44.390
Campânia166.080Piemonte40.336
Calábria113.155Puglia34.833
Lombardia105.973Marche25.074
Abruzzo-Molise93.020Lácio15.982
Toscana81.056Úmbria11.818
Emília-Romagna59.877Ligúria9.328
Basilicata52.888Sardenha6.113
Total : 1.243.633

                              FAVELA NO BRASIL



- Atualmente, cerca de um bilhão de pessoas vivem em favelas em todo o mundo. As favelas são caracterizadas por abrigar pessoas de baixa renda com baixa qualidade de vida.

Esse tipo de habitação é resultado de vários fatores, dentre eles: industrialização, mecanização do campo e crescimento vegetativo da população urbana.

Com a mecanização do campo, um número muito grande de trabalhadores rurais ficou sem emprego, ao mesmo tempo houve a instalação de muitas indústrias nos principais centros urbanos. Isso promoveu um maciço fenômeno migratório, denominado êxodo rural. Porém, as cidades não conseguiram absorver o elevado número de pessoas, além disso, os empregos não eram suficientes. Para piorar, os migrantes não tinham qualificação para ocupar uma vaga no mercado de trabalho, desse modo, sem renda para comprar ou alugar uma casa decente, a única alternativa foi ocupar áreas periféricas, geralmente de terceiros ou do governo.